Foto: divulgação
Desde a criação da Agência de Defesa Saninária Agrosilvopastoril (Idaron), em 1999, com políticas de governo assertivas e firme parceria com o produtor rural, Rondônia tem desenvolvido uma pecuária forte que, em poucos anos, ganhou destaque no cenário nacional, tendo como principal oferta o boi verde, criado em pasto.
Com o reconhecimento internacional de área livre de febre aftosa sem vacinação, obtido em maio do ano passado junto a Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), o Estado passou a disputar mercados consumidores mais rentáveis e, consequentemente, conquistou regiões que, em médios e longos prazos, trarão ganhos comerciais à pecuária brasileira. O resultado é o aumento exponencial no volume de exportações que, já nos dois primeiros meses de 2022, tem apontado para um novo recorde de vendas para o mercado exterior.
O ambiente de negócios é visivelmente promissor e, a cada novo ciclo, avança para a conquista de clientes que, anos atrás, eram coadjuvantes na tabela de exportações, a exemplo dos Estados Unidos da América (EUA) que, em 2020, representava 0,8% da carne bovina vendida por Rondônia para o exterior. Hoje, em apenas dois anos, o país já é o segundo maior importador de carne bovina de Rondônia.
“Em 2020, só para os EUA, foi registrado um volume de vendas superior a 5,9 milhões de dólares, o que representa 0,8% de todas as exportações de carnes feitas por Rondônia naquele ano. No ano seguinte, 2021, o País comprou o equivalente a 48 milhões de dólares, cerca de 6,2% de todo o volume de carne exportado no período. Neste ano, em apenas dois meses, janeiro e fevereiro, já foram vendidos mais de 29,5 milhões de dólares em carne para os norte-americanos, o que equivale a 21% do total de vendas para o exterior. Comparado a 2020, este ano já registra um crescimento de mais de 400% em exportação de carne bovina para os Estados Unidos”, destaca o presidente da Agência Idaron, Julio Cesar Rocha Peres.
FOMENTO
Muito desse avanço na pecuária rondoniense deve-se a política de fomento implementada pelo Governo de Rondônia e pelas oportunidades de negócios geradas por meio de programas de incentivo e rodadas de negociações que permitem, ao produtor, a obtenção de crédito para trabalhar a melhoria genética do gado e das técnicas de manejo.
Um desses casos de sucesso é a Rondônia Rural Show, que em sua 9ª edição, é considerada a maior feira do agronegócio da região Norte e uma das mais expressivas do País. Com o tema “Mulheres do Agro”, a edição deste ano tem como meta valorizar o público feminino que ajuda a desenvolver a produção agropecuária rondoniense.
A expectativa para esta edição da feira, que vai acontecer de 23 a 28 de maio, no Centro Tecnológico Valdeci Rack, em Ji-Paraná, é de reunir cerca de 600 expositores entre comerciantes, vitrine tecnológica, pavilhão de agroindústria, artesanato e espaço empresarial industrial.
Como está prevista a participação das embaixadas do Chile, Peru, Bolívia, Estados Unidos, Filipinas, Indonésia e Malásia, a feira se firma como um oportuno espaço para negócios. A estimativa é que pelo menos 200 mil pessoas visitem os standes durante a feira tecnológica.
EVOLUÇÃO DA PECUÁRIA
De 2010 a 2021 foi registrada uma evolução do valor bruto da produção pecuária rondoniense de 4 para 12 bilhões de dólares. Quando na época da última edição da Rondônia Rural Show, em 2020, Rondônia atingiu 49 grandes mercados internacionais consumidores de carne bovina.
Em 2021, quando se registrou o pico da pandemia, condição que impediu a realização da feira tecnológica, a pecuária rondoniense conseguiu atingir apenas 34 mercados internacionais, mas este ano a expectativa é que as vendas dobrem, visto que, em apenas dois meses, as exportações já chegam a 39 mercados; situação que deve ser ampliada com as negociações que serão feitas na Rondônia Rural Show.
“Hoje, os três maiores consumidores da carne produzida em Rondônia são: a China, Estados Unidos e o Egito, que representam 62% do que já foi exportado em janeiro e fevereiro. A expectativa é que esse cenário se mantenha e que novos países, como Japão, União Europeia e Coreia do Sul, passem a comprar nossa carne”, acentua Julio Peres.
Fonte: Assessoria
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