Maioria dos americanos agora desaprova ação em Gaza

Pesquisa Gallup revela mudança significativa na opinião pública dos EUA sobre conflito Israel-Palestina. Foto: Reprodução

Porto Velho, RO - Pesquisa Gallup mostra uma virada significativa na opinião dos americanos a respeito das ações militares de Israel em Gaza. Divulgada nesta quarta-feira, 27, o levantamento revela que 55% dos americanos agora desaprovam a resposta militar de Israel em Gaza, um aumento de 10 pontos percentuais desde novembro.

Cerca de um terço (36%) dos americanos aprova as ações militares de Israel, uma queda em relação ao período logo após o ataque de 7 de outubro do Hamas, quando uma pesquisa anterior indicava que metade dos americanos aprovava as ações de Israel.

Entre os republicanos, a aprovação das ações de Israel caiu de 71% em novembro para 64% em março, enquanto entre os democratas, menos de um em cinco (18%) agora aprova as ações de Israel, uma redução dos 36% observados em novembro. O apoio entre os independentes também caiu, de 47% para 29% no mesmo período.

Esta mudança de opinião acontece em um contexto de preparação de Israel para uma invasão terrestre controversa de Rafah e tensões crescentes entre o presidente Biden e o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

Outras pesquisas indicam que metade dos adultos nos EUA acredita que a resposta militar de Israel a Gaza “foi longe demais” e que há mais apoio americano para auxílio humanitário a Gaza do que para apoio militar a Israel. Até Trump disse recentemente que a guerra tem que acabar.

A posição dos EUA diante da situação se reflete na recente decisão do Conselho de Segurança da ONU, que aprovou uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato em Gaza e a liberação incondicional de todos os reféns, com os EUA se abstendo na votação, em vez de usar seu veto. Essa ação sinaliza uma crescente divisão entre os EUA e Israel, culminando com o cancelamento de uma visita de conselheiros seniores de Netanyahu à Casa Branca

A metodologia da pesquisa, conduzida de 1 a 20 de março de 2024, envolveu 1.016 adultos, com uma margem de erro de 4 pontos percentuais.

Fonte: O Antagonista