O estrago de Mantega na Braskem

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O estrago de Mantega na Braskem


Porto Velho, RO - O nome de Guido Mantega (à esquerda na foto) segue fazendo estrago por onde passa. Depois de causar desconforto e até a renúncia de um conselheiro — que depois se arrependeu — na Vale, o ex-ministro da Fazenda contribuiu para a queda de 2,59% nas ações da Braskem (que fecharam em -1,43%) na segunda-feira, 3. Bastou ele confirmar, em entrevista, que foi sondado pela Casa Civil de Rui Costa para ocupar um assento no conselho da empresa.

“Fui sondado pela Casa Civil e me coloquei à disposição. Se acaso os acionistas e a assembleia decidirem isso, então eu irei para o conselho da Braskem”, disse Mantega em entrevista à Bloomberg, confirmando especulações que circulam desde março.

Essa é mais uma tentativa de Lula para recompensar o ex-ministro pelo silêncio na Lava Jato e ainda controlar empresas estratégicas. No início deste ano, o petista fez críticas públicas à Vale no contexto da tragédia de Brumadinho enquanto tentava emplacar Mantega no comando da empresa — ou pelo menos conseguir uma cadeira em seu conselho.

“É isso que nós queremos”

“A Vale não pode pensar que ela é dona do Brasil, não pode pensar que ela pode mais do que o Brasil. Então o que nós queremos é o seguinte: empresas brasileiras precisam estar de acordo com aquilo que é o pensamento de desenvolvimento do governo brasileiro. É isso que nós queremos”, disse Lula, com todas as letras, em entrevista concedida em fevereiro.

Dias depois dessa entrevista, o conselheiro independente da Vale José Luciano Duarte Penido divulgou uma carta-renúncia em que reclamava que o processo de sucessão da empresa vinha sendo “conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa, e sofre evidente e nefasta influência política“.

Penido voltou atrás depois de ser acionado formalmente pela VCM (Comissão de Valores Mobiliários) para detalhar sua denúncia. Comunicado ao mercado da Vale informou que o conselheiro teria enviado uma resposta à CVM para dizer que sua carta “não tinha por objetivo apontar irregularidades no processo de definição do presidente da companhia, o qual, a meu ver, vem sendo conduzido pelo Conselho de Administração em conformidade com a lei, o estatuto social, o regime interno e as políticas corporativas da companhia”. Segundo ele, “a intenção era expor as razões pessoais que motivaram a minha renúncia“.

Banco Central

Na entrevista em que confirmou a sondagem, Mantega aproveitou para bater no presiente do Banco Central, Roberto Campos Neto. “O governo Bolsonaro continua gerindo a política monetária. Está certo isso? Isso está errado. Eu não sou contra a independência do Banco Central, mas ela tem que ser a partir da indicação do novo governo. Senão você pode ter um conflito entre política fiscal e política monetária, que é o que está acontecendo”, comentou.

Enfim, as ações seguirão caindo por onde Mantega ameaçar passar.

Leia mais: Mantega não Vale tudo isso


Fonte: O Antagonista

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