O curso proporciona a criatividade e reintegração social das internas com a sociedade
Porto Velho, RO - Com o intuito de fortalecer a inclusão social por meio do trabalho artesanal, o governo de Rondônia deu início ao projeto “Bordando Arte”, no Centro Regional de Ressocialização Augusto Simon Kempe (Crask), em Jaru. O curso, que visa desenvolver habilidades artísticas e manual através do bordado com as internas do sistema penitenciário brasileiro, começou na sexta-feira (23).
A Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), por meio da Gerência de Reinserção Social (Geres), promove a oficina com a participação de 10 reintegrandas, com objetivo de ofertar uma profissão que pode ser exercida de forma autônoma, para que no pós-cumprimento de pena as internas possuam meios de se manter dignamente, garantindo renda e a inserção no mercado de trabalho. O projeto terá duração de 11 semanas e será ministrado por uma reintegranda multiplicadora de conhecimento. A iniciativa recebeu insumos provindos de doações realizadas por pessoas físicas e comércios locais.
OFICINA
As internas que participam da oficina recebem remição por trabalho, instituída pela Lei n.º 7.210/1984. A Lei de Execução Penal define que configura a redução de um dia da sua pena a cada três dias trabalhados (mínimo de seis e máximo de oito horas trabalhadas por dia).
Segundo a coordenadora do projeto, Tânia Cevada Oliveira, haverá exposições das peças produzidas a cada três meses, com confecções de novas para fins de venda e divulgação do projeto, contando com a inclusão de novas internas que chegarem na unidade. Para que o projeto seja contínuo, a princípio serão produzidos panos de pratos, dando possibilidades a outras artes e costuras no ateliê.
Para o secretário da Sejus, Marcus Rito, a realização dos programas de inclusão social e reintegração são essenciais para o desenvolvimento humano e comunitário, para que os apenados não só aprendam uma nova habilidade, mas também se sintam valorizados e respeitados na sociedade.
FACILITADORES
A iniciativa da Sejus conta com parcerias do Conselho da Comunidade, Tribunal de Justiça do Estado de Rondônia (TJRO) e coordenação de voluntárias de ministérios femininos de instituições religiosas locais.
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