Maria Corina Machado afirmou que a negociação é para a transição e “não para partilhar o poder ou outras ideias que tenham surgido” . Foto: Reprodução/Instagram
Porto Velho, RO - A líder da oposição, Maria Corina Machado, mencionou as concessões que pode fazer em um processo de negociação com o regime de Nicolás Maduro, mas descartou contundentemente a possibilidade de novas eleições.
Machado afirmou que o primeiro princípio de uma negociação deve ser partir do “respeito à soberania popular do 28 de Julho”. Naquele dia, segundo as atas em poder da oposição e que são documentos oficiais da CNE, Edmundo González foi eleito presidente com 67% dos votos contra 30% que Maduro obteve.
“Acredito que é uma posição que une todos os países do mundo quando dizem que devemos ter uma verificação imparcial das atas. Os nossos estão disponíveis para que quem quiser analisá-los, verificá-los, possa fazê-lo, é para isso que serve o nosso banco de dados aberto”, afirmou.
A líder da oposição, como segunda condição, referiu que a negociação é para a transição e “não para partilhar o poder ou outras ideias que tenham surgido”.
Explicou, como terceiro ponto, que no âmbito do diálogo a oposição está disposta “a dar garantias, salvo-conduto e incentivos (a Maduro e ao chavismo).
EUA oferecem anistia a Maduro
Segundo o The Wall Street Journal, à medida que se avolumam as evidências de que Nicolás Maduro perdeu as eleições do mês passado e aumenta a repressão contra seus opositores, os EUA empreendem uma tentativa de pressionar o ditador venezuelano a renunciar ao poder em troca de anistia.
O jornal escreve que os EUA têm discutido a possibilidade de conceder perdões a Maduro e aos seus principais aliados e comprometer-se a não processá-los judicialmente.
Em 2020, os EUA definiram uma recompensa de 15 milhões de dólares por informações que levassem à detenção de Maduro, acusado de conspirar para “inundar os EUA com cocaína”.
Três pessoas familiarizadas com as negociações indicaram que a administração Biden discutiu indultos a Maduro e aos seus principais tenentes, que enfrentam acusações do Departamento de Justiça.
Uma fonte indicou ao jornal norte-americano que os EUA estão a “pondo as cartas na mesa” para persuadir Maduro a sair antes do fim do mandato, em janeiro.
Afirma-se que as conversas foram realizadas virtualmente entre Jorge Rodríguez, presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, e Daniel P. Erikson, responsável pela Política dos Estados Unidos em relação à Venezuela no Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca.
Fonte: O Antagonista
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