Lucy Younger: O tumor cerebral e o cheiro de bacon

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Lucy Younger: O tumor cerebral e o cheiro de bacon

Conheça a história de Lucy Younger, que lutou por anos para receber o diagnóstico correto de tumor cerebral. Créditos: depositphotos.com / VadimVasenin

Porto Velho, RO - O diagnóstico de tumores cerebrais nem sempre é imediato, especialmente quando os sintomas podem ser confundidos com outras condições. Lucy Younger, uma jovem de 24 anos, viveu esta experiência de forma intensa e, durante anos, enfrentou dificuldades até descobrir que tinha um tumor cerebral.

Lucy começou a apresentar sintomas curiosos antes de iniciar sua jornada acadêmica, em setembro de 2018. Nesse período, passou a ter visões e sensações estranhas, como ver elefantes cor-de-rosa e sentir cheiros peculiares, como o de bacon. O que inicialmente parecia ser apenas algo inusitado, com o tempo, se mostrou um sinal de algo mais sério.

Os Primeiros Sinais Desconsiderados

Os médicos, no início, acreditavam que os sintomas de Lucy estavam relacionados ao consumo de álcool e ao estresse de ser caloura na faculdade. Ela foi orientada a moderar o consumo de álcool e tentar levar uma vida mais tranquila, mas isso não diminuiu os sintomas. Em vez disso, começaram a surgir novas manifestações, como formigamento no rosto e um persistente gosto metálico na boca.

Mesmo tentando seguir todas as recomendações médicas, Lucy continuava a se sentir mal. Procurou então outros profissionais, mas a resposta dos médicos ainda era a mesma: ansiedade e estresse acadêmico. Foi difícil para ela ser ouvida e acreditar que poderia haver algo realmente errado com sua saúde.

Como Identificar os Sintomas de um Tumor Cerebral?

Com o passar do tempo, a situação de Lucy se complicou ainda mais. Os episódios de desconcentração e as dores de cabeça intensas passaram a ser uma constante em sua vida. Apesar de relatar esses sintomas aos médicos, os diagnósticos errôneos continuavam. Uma mudança de opinião levou os profissionais a acreditarem que Lucy sofria de desequilíbrios hormonais associados à síndrome dos ovários policísticos (SOP).

Os sintomas mais graves, incluindo dormência em um lado do corpo e convulsões, apareceram durante a pandemia, em 2020. Na busca por respostas, Lucy começou a pesquisar por conta própria e encontrou muitos dos seus sintomas associados a condições como epilepsia e tumores cerebrais. No entanto, os médicos ainda resistiam a essa linha de pensamento, descartando a hipótese devido à sua idade.

Uma Intervenção Decisiva

Sentindo-se desesperada e sem saber a quem recorrer, Lucy encontrou um aliado inesperado: seu farmacêutico local. Ao ouvir sua história, ele ficou sensibilizado e escreveu uma carta ao médico dela, pedindo uma tomografia urgente. Essa iniciativa foi crucial para que Lucy finalmente obtivesse o diagnóstico correto.

Em julho de 2020, a tomografia revelou a presença de um tumor cerebral benigno. O alívio de Lucy por finalmente entender o que estava acontecendo com seu corpo foi imenso. Em novembro do mesmo ano, ela passou por uma cirurgia para remover o tumor e, em 2021, estava de volta à universidade, pronta para continuar seus estudos.

A Vida Após a Cirurgia

Após a cirurgia, Lucy retomou sua vida com algumas limitações, como epilepsia e dificuldades de memória de curto prazo. No entanto, a experiência trouxe uma determinação renovada para sensibilizar outras pessoas sobre a importância de lutar por diagnósticos precisos e rápidos.

Fonte: O ANTAGONISTA

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