Lyon, time de John Textor, cai para 2° divisão do Campeonato Francês

Time francês do empresário americano John Textor, que também é dono da SAF do Botafogo, enfrenta nesse ano de 2025 um dos momentos mais delicados de sua história.. /// John Textor. Foto: Vitor Silva/Botafogo.

Porto Velho, RO - O Lyon, time do empresário americano John Textor, que também é dono da SAF do Botafogo, enfrenta nesse ano de 2025 um dos momentos mais delicados de sua história com a equipe oficialmente rebaixada para a segunda divisão da França após decisão da Direção Nacional de Controle e Gestão (DNCG), órgão responsável pela fiscalização financeira dos clubes do país.

A medida foi tomada após a rejeição das garantias financeiras apresentadas pela diretoria do clube, que não conseguiu comprovar a sustentabilidade de suas operações para a próxima temporada.

O processo de avaliação da DNCG é criterioso e envolve a análise detalhada das finanças dos clubes. No caso do Lyon, a dívida acumulada, estimada em 175 milhões de euros, pesou de forma significativa na decisão.

Apesar dos esforços da administração, liderada pelo empresário norte-americano John Textor, as propostas apresentadas não foram suficientes para convencer o órgão regulador da viabilidade econômica do clube para permanecer na elite do futebol francês.

Como funciona o controle financeiro da DNCG?

A DNCG, sigla para Direção Nacional de Controle e Gestão, é responsável por monitorar e fiscalizar as finanças dos clubes profissionais na França.

O objetivo principal desse órgão é garantir a estabilidade financeira das equipes e evitar que situações de insolvência prejudiquem o andamento das competições. Para isso, a DNCG realiza auditorias periódicas e exige que os clubes apresentem garantias financeiras sólidas para participar das principais divisões do futebol francês.

Quando um clube não cumpre os requisitos estabelecidos, pode sofrer sanções que vão desde restrições em contratações até o rebaixamento de divisão.

No caso do Lyon, a rejeição das garantias financeiras resultou na queda automática para a Ligue 2, mesmo após tentativas de negociação e apresentação de novos documentos.Foto: Vitor Silva/Botafogo

Quais os impactos do rebaixamento do Lyon para a segunda divisão?

O rebaixamento do Lyon representa uma mudança significativa no cenário do futebol francês. O clube, que já conquistou títulos nacionais e tem tradição em competições europeias, agora precisa lidar com desafios financeiros e esportivos ainda maiores. Entre as principais consequências estão:

• Redução de receitas: A participação na segunda divisão implica em menor arrecadação com direitos de transmissão, patrocínios e bilheteria.
• Desvalorização do elenco: Jogadores de destaque podem buscar transferências para clubes da elite, afetando o desempenho esportivo.
• Necessidade de reestruturação: O clube precisará ajustar sua folha salarial e rever contratos para se adequar à nova realidade financeira.

Além disso, a imagem do Lyon no cenário internacional pode ser impactada, já que a presença em competições europeias é um dos principais atrativos para jogadores e investidores.

Qual a relação entre John Textor, Eagle Holding Football e o Lyon?

John Textor é o empresário norte-americano à frente da Eagle Holding Football, um grupo que administra múltiplos clubes ao redor do mundo. Além do Lyon, a holding também controla o Botafogo, do Brasil, e o Molenbeek, da Bélgica.

Recentemente, o grupo vendeu sua participação no Crystal Palace, da Inglaterra, como parte de uma estratégia para fortalecer suas operações.

Apesar do envolvimento direto de Textor na gestão do Lyon, as dificuldades financeiras do clube não foram superadas a tempo de evitar o rebaixamento. A expectativa é que o empresário e sua equipe busquem alternativas para reorganizar as finanças e planejar o retorno à primeira divisão francesa.

O Lyon pode reverter o rebaixamento?

Após a decisão da DNCG, ainda existe a possibilidade de recurso por parte do Lyon. O clube pode apresentar novas garantias financeiras ou buscar acordos que permitam a revisão da decisão.

No entanto, o prazo para essas ações é curto e as exigências do órgão regulador são rigorosas. Caso não haja sucesso na apelação, o Lyon disputará a temporada 2025/2026 na Ligue 2, iniciando um processo de reconstrução dentro e fora de campo.

O episódio reforça a importância do controle financeiro no futebol moderno e serve de alerta para outros clubes que enfrentam dificuldades semelhantes. O futuro do Lyon dependerá da capacidade de adaptação da diretoria e do engajamento de sua torcida durante esse período de transição.

Fonte: O Antagonista