O número de jovens diagnosticados com câncer no Brasil vem crescendo de forma preocupante. Dados do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que, entre 2013 e 2024, os registros da doença em pessoas de 18 a 50 anos aumentaram quase 300%, revelando uma mudança significativa no perfil dos pacientes atendidos.
Os tipos mais frequentes entre essa faixa etária são câncer de mama, colorretal, tireoide e fígado, além de casos de leucemia e linfoma. Para os especialistas, o avanço está ligado a uma combinação de fatores: mudanças no estilo de vida, má alimentação, sedentarismo, obesidade e estresse.
De acordo com o levantamento, em 2013 o SUS registrava cerca de 45 mil casos de câncer entre jovens adultos. Já em 2024, esse número saltou para mais de 170 mil, o que representa um aumento de 284% em pouco mais de uma década.
Um dos pontos mais preocupantes é o diagnóstico tardio. Muitos jovens não se consideram parte do grupo de risco e, por isso, ignoram sintomas iniciais ou não buscam atendimento médico. Em consequência, o câncer acaba sendo identificado em estágios mais avançados, quando o tratamento é mais difícil e as chances de cura diminuem.
O diagnóstico de câncer em idade jovem traz impactos que vão além da saúde física. Questões como interrupção de estudos, planos de carreira, fertilidade e vida familiar também entram em jogo.
Da Redação



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