Redução dos casos de intoxicação por metanol no Brasil reforça alerta sobre consumo seguro de bebidas

O número de casos de intoxicação por metanol no Brasil apresentou redução nas últimas semanas, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde. Apesar da queda, as autoridades reforçam o alerta para que a população evite o consumo de bebidas alcoólicas de origem duvidosa, principal causa das ocorrências registradas neste ano.

De acordo com o boletim mais recente, o país contabiliza 46 casos confirmados de intoxicação por metanol, número inferior ao registrado no pico das notificações, em setembro. Outras 133 suspeitas seguem em investigação. O estado de São Paulo concentra a maior parte dos casos, enquanto novas ocorrências diminuíram em regiões onde foram intensificadas as fiscalizações e ações de conscientização.

A redução está relacionada às campanhas educativas e à ampliação das operações de vigilância sanitária, que vêm reforçando o controle sobre a comercialização de bebidas adulteradas. Também contribuiu o aumento da fiscalização em bares e distribuidoras, além da maior atenção do consumidor em verificar a procedência dos produtos antes do consumo.

O governo federal mantém um comitê especial para acompanhamento dos casos e cooperação com o setor de bebidas, visando prevenir novas intoxicações. As ações incluem rastreamento de bebidas irregulares, protocolos de notificação obrigatória e capacitação de profissionais de saúde para diagnóstico rápido e tratamento adequado.

Mesmo com a melhora do cenário, o risco ainda preocupa. O metanol é uma substância altamente tóxica e pode causar cegueira, danos neurológicos graves e até a morte, mesmo em pequenas quantidades. O Ministério da Saúde orienta que qualquer pessoa que apresente sintomas como visão turva, tontura, náusea ou confusão mental após ingerir bebida alcoólica procure atendimento médico imediatamente.

A recomendação é que o público evite o consumo de produtos sem rótulo, vendidos a granel ou de origem desconhecida, e dê preferência a estabelecimentos regularizados. Especialistas reforçam que a informação e a prevenção continuam sendo as formas mais eficazes de combater os casos de intoxicação por metanol no país.

Da Redação