Senado dos EUA aprova projeto de lei para encerrar shutdown

O edifício do Capitólio dos EUA em Washington, DC  • Al Drago/Bloomberg

O Senado dos EUA votou, nesta segunda-feira (10), o fim da paralisação dos serviços do governo. O shutdown completou 41 dias e se tornou o mais longo da história do país.

Esta é a 15ª paralisação desde 1981 e supera o recorde anterior, registrado durante o primeiro mandato de Donald Trump, quando o governo ficou paralisado por 35 dias.

O acordo de financiamento seguirá agora para a Câmara dos Representantes, onde os líderes republicanos esperam que possa ser aprovado já na quarta-feira (12).

Oito membros da bancada democrata no Senado cruzaram a linha partidária para se juntarem aos republicanos na votação de 60 a 40.

O projeto prevê o reestabelecimento de serviços essenciais como o auxílio alimentar federal, além de garantir o pagamento de centenas de milhares de funcionários federais.

O pacote conquistou o apoio de importantes democratas centristas durante o fim de semana, quando chegaram a um acordo com os republicanos.

O acordo foi resultado de uma intensa rodada de negociações no fim de semana, conduzida pelos senadores Jeanne Shaheen, Angus King e Maggie Hassan, todos ex-governadores, pelo líder da maioria republicana no Senado, John Thune, e pela Casa Branca.

Com a aprovação no Senado, os líderes partidários esperam encerrar a crise política e econômica que deixou centenas de milhares de servidores sem salário e paralisou serviços públicos em todo o país.

O impasse atual começou em 1º de outubro, após o Congresso não chegar a um acordo sobre o projeto de lei orçamentária.

Desde então, o Senado já rejeitou mais de uma dezena de vezes uma medida provisória de financiamento aprovada pela Câmara, sem qualquer mudança de posição entre os parlamentares.

Durante a paralisação, mais de 1 milhão de funcionários federais ficaram sem salário.

Parte deles é considerada “essencial” e segue trabalhando; o restante foi dispensado.

Embora o governo tenha conseguido pagar tropas e alguns servidores, muitos tentam sobreviver sem renda. Parlamentares e juízes continuam recebendo, conforme a Constituição.

A partir de agora, o presidente da Câmara dos Representantes, Mike Johnson, precisará da ajuda do presidente dos EUA para aprovar o pacote nos próximos dias.

Mas, em um sinal otimista hoje cedo, Trump disse a Kaitlan Collins, da CNN, "Eu diria que sim", quando questionado se ele pessoalmente aprovava o avanço do acordo no Capitólio.

“Pelo que tenho ouvido, eles não mudaram nada, temos o apoio de democratas suficientes e vamos reabrir o país”, disse Trump.

“É uma pena que tenha ficado fechado, mas vamos reabrir o país muito rapidamente”, acrescentou.

CNN Brasil