Especialistas alertam: sarcopenia é doença crônica e ameaça a qualidade de vida da Pessoa Idosa

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Especialistas alertam: sarcopenia é doença crônica e ameaça a qualidade de vida da Pessoa Idosa






A sarcopenia, definida como a perda progressiva e generalizada de massa, força e função muscular esquelética, tem sido cada vez mais observada como um dos principais marcadores de fragilidade no processo de envelhecimento. Classificada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Classificação Internacional de Doenças (CID-10) sob o código M62.84, a condição é hoje reconhecida como uma doença crônica associada ao envelhecimento e ao sedentarismo.

Pesquisas nacionais e internacionais apontam que cerca de 20% a 30% da população idosa brasileira apresenta algum grau de sarcopenia. O processo fisiológico está relacionado a alterações hormonais, inflamação crônica de baixo grau, resistência anabólica e redução da síntese proteica muscular. Esses mecanismos resultam na diminuição da massa magra e na substituição do tecido muscular por gordura intramuscular, comprometendo força, equilíbrio e desempenho físico.

Além do envelhecimento natural, fatores secundários contribuem para o desenvolvimento da doença, incluindo imobilidade prolongada, má nutrição proteico-calórica, doenças metabólicas (como diabetes tipo 2), uso contínuo de corticosteroides e patologias inflamatórias crônicas. A perda muscular, quando não diagnosticada precocemente, aumenta substancialmente o risco de quedas, fraturas e hospitalizações recorrentes, podendo levar à incapacidade funcional.

O diagnóstico clínico da sarcopenia envolve avaliação da força de preensão manual, análise de massa muscular por bioimpedância ou densitometria (DEXA), e testes de desempenho físico, como o “Timed Up and Go” (TUG) e o teste de velocidade da marcha.

O tratamento e a prevenção concentram-se em três pilares principais:
  1. Exercício físico resistido, comprovadamente o mais eficaz para estimular a síntese proteica muscular;
  2. Adequação nutricional, com ingestão proteica entre 1,2 e 1,5 g/kg/dia e suplementação de aminoácidos essenciais, especialmente leucina;
  3. Correção de deficiências hormonais e vitamínicas, como a reposição de vitamina D, que participa da regulação do metabolismo muscular.

Programas públicos e privados de reabilitação vêm sendo ampliados em diversas regiões do país, com foco na prevenção da fragilidade e na promoção do envelhecimento ativo. A literatura científica destaca que a intervenção precoce é determinante para reduzir complicações, preservar autonomia e melhorar a expectativa de vida saudável entre idosos.

Com o aumento projetado da população idosa brasileira estimada em mais de 70 milhões até 2050 , especialistas alertam que a sarcopenia deve ser tratada como uma prioridade em políticas de saúde pública, demandando maior investimento em educação alimentar, fisioterapia preventiva e incentivo à prática de exercícios regulares ao longo da vida.

Da Redação

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